O Forte de São Clemente (padroeiro das causas marítimas), também conhecido como Castelo de Milfontes foi construído entre 1509 e 1602.
A sua construção foi ordenada pelo Rei Filipe II de Portugal, com o intuito de proteger a localidade dos ataques constantes dos piratas mouriscos – durante a segunda metade do século XV, a Milfontes era constantemente atacada por piratas oriundos do Norte de África.
Tal como outras construções militares do mesmo período, o Forte de São Clemente é um projeto de um engenheiro italiano, Alexandre Massaii. Este arquiteto foi também responsável pela construção do Forte da Ilha do Pessegueiro e pela reconstrução do Castelo de Sines.
Forte de São Clemente: Propriedade Particular
Após perder importância militar e estratégica, o Forte de São Clemente foi colocado à venda em hasta pública, tendo sido comprado em 1903 por Valério Ferrão, capitão de infantaria.
Seis anos mais tarde mudaria novamente de mãos, passando a ser propriedade de Francisco de Jesus Gonçalves.
Durante quatro décadas, os seus novos proprietários negligenciaram a conservação do espaço, até que em 1940, o Forte foi adquirido por Dom Luís Manuel de Castro e Almeida.
Na posse de Dom Luís, o Forte de São Clemente foi então restaurado e tornou-se num espaço de turismo de habitação sui generis. Na prática, o forte foi uma dos primeiros espaços de turismo de habitação em todo o país.
Popularmente conhecido como “Castelo de Milfontes”, o edifício recebeu a classificação de Imóvel de Interesse Público, através do Decreto 95/78, publicado em 12 de Setembro de 1978.
Com a criação do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, voltou a ver a sua importância reconhecida, sendo considerado Património Cultural.
Além da importância histórica, o edifício destaca-se pela localização privilegiada que oferece uma vista impressionante sobre a Foz do Mira.
Não obstante a sua importância, o Forte de São Clemente encontra-se atualmente à venda.
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